Patrícia Vasconcelos estreia-se na realização com documentário 'O Meu Raul', exibido após o 'Telejornal'.
"O talento envelhece, prescreve se não for trabalhado". É com esta frase que Patrícia Vasconcelos remata O Meu Raul, um documentário produzido para RTP, que hoje é emitido logo a seguir ao Telejornal, assinalando um ano da morte de um dos actores mais queridos do público português.
"Ele fartava-se de me repetir essa frase", explica a directora de castings que aqui assina o seu primeiro trabalho como realizadora. Foi ela quem apresentou a ideia a Raul Solnado, que prontamente a aceitou e ficou assente que seria ele a contar a sua história.
"Mas o maroto foi-se embora antes. Tínhamos planeado começar as filmagens precisamente na semana a seguir à morte dele", explicou Patrícia Vasconcelos, antes da antestreia do documentário, no dia 27 de Julho, no auditório da RTP que se revelou pequeno para acolher os amigos convidados.
Por isso mesmo, o projecto não foi pensado para ser uma homenagem póstuma. Mais, explicou: "Não podia ser uma coisa lamechas porque o Raul não gostava desse tipo de coisas". Antes pelo contrário.
A 8 de Agosto, Raul Solnado acabou por deixar a Patrícia Vasconcelos a tarefa de cumprir sozinha o projecto que ambos idealizaram. "Tinha cerca de 10 anos quando conheci o Raul. Cresci a ouvir as suas histórias, e nos últimos 15 anos desenvolvemos uma amizade profissional", conta Patrícia Vasconcelos. Por isso, a sua morte foi um choque. "Mas, passado o momento inicial em que achei que não iria ter coragem para fazer o documentário, achei que não poderia fazer isso ao Raul", relata.
Com uma ideia muito concreta do que queria fazer, a agora também realizadora tratou de fazer quase o impensável: "Arranjar forma de ser o próprio Raul o narrador na sua história", contou.
Foi um processo moroso e muito meticuloso. "Fechei-me no arquivo da RTP e com a ajuda de uma senhora absolutamente extraordinário - Maria de Fátima Ribeiro - não só descobri imagens que nunca tinham sido utilizadas como consegui, quase frase a frase, pôr o Raul a narrar a sua própria história. Acho que isso é a coisa que mais me orgulha neste trabalho: ter conseguido pô-lo a ele, mesmo já não estando cá, a contar a sua história", afirma.
Boa parte da carreira de Raul Solnado é elencada pelo próprio, através do recurso a duas entrevistas concedidas à RTP, uma a Ana Sousa Dias e outra a Carlos Cruz. Imagens captadas em sua casa, com a família, mostram quem era o homem que "como não sabia mesmo fazer mais nada, tinha de trabalhar", como refere Raul Solnado. Testemunhos de amigos, a maior parte deles bastante emotivos, ajudam a preencher os espaços que Patrícia Vasconcelos considerava estarem em branco.
"Ele fartava-se de me repetir essa frase", explica a directora de castings que aqui assina o seu primeiro trabalho como realizadora. Foi ela quem apresentou a ideia a Raul Solnado, que prontamente a aceitou e ficou assente que seria ele a contar a sua história.
"Mas o maroto foi-se embora antes. Tínhamos planeado começar as filmagens precisamente na semana a seguir à morte dele", explicou Patrícia Vasconcelos, antes da antestreia do documentário, no dia 27 de Julho, no auditório da RTP que se revelou pequeno para acolher os amigos convidados.
Por isso mesmo, o projecto não foi pensado para ser uma homenagem póstuma. Mais, explicou: "Não podia ser uma coisa lamechas porque o Raul não gostava desse tipo de coisas". Antes pelo contrário.
A 8 de Agosto, Raul Solnado acabou por deixar a Patrícia Vasconcelos a tarefa de cumprir sozinha o projecto que ambos idealizaram. "Tinha cerca de 10 anos quando conheci o Raul. Cresci a ouvir as suas histórias, e nos últimos 15 anos desenvolvemos uma amizade profissional", conta Patrícia Vasconcelos. Por isso, a sua morte foi um choque. "Mas, passado o momento inicial em que achei que não iria ter coragem para fazer o documentário, achei que não poderia fazer isso ao Raul", relata.
Com uma ideia muito concreta do que queria fazer, a agora também realizadora tratou de fazer quase o impensável: "Arranjar forma de ser o próprio Raul o narrador na sua história", contou.
Foi um processo moroso e muito meticuloso. "Fechei-me no arquivo da RTP e com a ajuda de uma senhora absolutamente extraordinário - Maria de Fátima Ribeiro - não só descobri imagens que nunca tinham sido utilizadas como consegui, quase frase a frase, pôr o Raul a narrar a sua própria história. Acho que isso é a coisa que mais me orgulha neste trabalho: ter conseguido pô-lo a ele, mesmo já não estando cá, a contar a sua história", afirma.
Boa parte da carreira de Raul Solnado é elencada pelo próprio, através do recurso a duas entrevistas concedidas à RTP, uma a Ana Sousa Dias e outra a Carlos Cruz. Imagens captadas em sua casa, com a família, mostram quem era o homem que "como não sabia mesmo fazer mais nada, tinha de trabalhar", como refere Raul Solnado. Testemunhos de amigos, a maior parte deles bastante emotivos, ajudam a preencher os espaços que Patrícia Vasconcelos considerava estarem em branco.
Fonte:DN
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