Como tem sido vestir a pele de Tininha, uma das empregadas da Herdade das Oliveiras em ‘Espírito Indomável'?
Está a ser muito interessante porque a Tininha é diferente de todas as personagens que interpretei e que eram muito elaboradas. A Tininha é diferente. É uma miúda simples, muito terra a terra, sensível e que gosta de viver a vida de forma descontraída.
Foi engraçado viver o triângulo amoroso com Pedro Lima, o capataz, e Sara Prata, a menina rica da cidade?
Foi absolutamente hilariante! A Tininha é traquinas e ressabiada com a aproximação de Susana (Sara Prata) ao seu noivo, pregou uma série de partidas à ‘Lombriga de Lisboa', como ela lhe chama. Até houve cenas de pancadaria entre as duas. Um dia despejei uma taça de ovos na cabeça da Susana só para a forçar a regressar a Lisboa e a largar o Tristão (Pedro Lima). Eu e a Sara Prata divertimo-nos imenso, de tal maneira que houve dias em que até tínhamos dificuldade em concentrarmo-nos nas cenas que íamos gravar. É muito bom trabalhar com boa-disposição.
Qual tem sido a reacção do público?
Os comentários que as pessoas fazem na rua quando me vêem são muito positivos. E têm dado imensos conselhos à minha personagem.
Tem contrato de exclusividade com a TVI?
Não, mas no meu dia-a-dia isso não constitui fonte de preocupação.
Foi convidada para a SIC?
Não quero falar sobre isso.
Não sendo exclusiva da TVI, está disponível para fazer projectos com a SIC?
Tenho trabalhado com várias estações e estou disposta a fazê-lo. Assim como estou disponível para fazer cinema e teatro.
A Liliana estreou-se na TV com 24 anos. De tudo o que fez, o que a marcou mais?
Todas as personagens, cada uma de forma diferente. E todas contribuíram para a minha evolução.
Como é que uma finalista de Sociologia vai parar à representação?
Foi o acaso. Faço castings de publicidade e moda desde os 15 anos. Quando estava a terminar o curso, faltavam apenas as últimas frequências e a defesa de tese, recebo um telefonema da minha agência aconselhando-me a fazer um casting para os ‘Morangos com Açúcar'. Fiquei surpresa. Disse que não entendia nada de representação e que nunca tinha pensado ser actriz. Insistiram e fui apurada para fazer de Lisa. Foi o meu primeiro papel e pensei que seria o último. Engano meu. Mês e meio depois já me estavam a chamar para ‘Ninguém como Tu'. Foi aí que consolidei a vontade de querer ser actriz.
Acha que teria sido mais feliz como socióloga?
Não faço ideia, só sei que sou muito feliz e grata por fazer uma coisa de que realmente gosto e que me dá prazer fazer todos os dias. É bom acordar e pensar: ‘Que bom, vou trabalhar!' É isto que sinto.
Que faz mais além da representação?
Trabalho noutra área que me agrada, as locuções para rádio e TV. E faço dobragens.
Acha importante poupar hoje em dia?
É sempre importante poupar. Ainda mais tendo em conta que, hoje, nenhum emprego é seguro. Poupar faz parte da minha natureza.
Em miúda tinha mealheiro e fazia poupanças?
Fazia. Era organizada, gostava de ter as coisas, mas também gostava de amealhar. Nunca gastei demais...
Neste momento, o que consome a maior fatia do seu ordenado?
Não sei... Sou uma pessoa com muita sorte. Tenho uma marca que me patrocina as carteiras e sapatos. O mesmo acontece em relação ao carro e aos cabelos.
Deduzo que tem, então, um bom pé-de-meia?
É verdade!
PERFIL
Modelo desde os 15 anos, estreou-se como actriz, em 2004, em ‘Morangos com Açúcar'. Seguiu-se ‘Ninguém como Tu' (TVI). Aos 30 anos, é uma das estrelas de ‘Espírito Indomável'.
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