TVI teria de pagar à jornalista cerca de 300 mil euros pelos 11 anos de casa, mas a pivô deverá ter recebido quase o dobro
A SIC "não está a equacionar" a contração de Manuela Moura Guedes, que rescindiu contrato com a TVI no passado domingo, mas a estação de Balsemão não fecha as portas à jornalista, mulher de José Eduardo Moniz.
Contactado pelo DN, o director-geral da SIC esclarece que "o assunto não está sequer em cima da mesa", mas não foi capaz de garantir que a antiga pivô do Jornal Nacional não virá a integrar qualquer projecto da estação. "Só hoje [ontem] soube que ela tinha rescindido contrato e, como calcula, esse assunto não está no topo das minhas prioridades, nem sequer em cima da mesa. Mas não posso garantir que ela nunca virá para a SIC, isso não posso", disse ao DN.
Luís Marques lembrou que tem "grande consideração profissional e estima pessoal" por Moura Guedes e que isso não mudou. "Acho que ela é uma excelente jornalista, mas isso não quer dizer que ela venha para cá, até porque não sei se se enquadra nas nossas necessidades. Nunca pensei nisso", sublinhou o responsável da SIC.
Já a RTP não tem qualquer dúvida: Manuela Moura Guedes não é profissional que a empresa pública deseje ter nos seus quadros. "Não, não! É apenas isto que tenho para dizer, não tenho mais nada a acrescentar", disse ao DN o director de informação da estação, José Alberto Carvalho, que tem, recorde-se, há anos, um diferendo público com Moura Guedes, depois de acusações que lhe foram feitas pela jornalista.
A saída da antiga pivô da estação da Prisa era há muito aguardada, desde 4 de Setembro do ano passado, quando a administração do canal suspendeu o Jornal Nacional de 6.ª . A 28 desse mesmo mês, Moura Guedes entrou de baixa clínica, que foi sendo renovada até agora, altura em que chegou a acordo para abandonar a empresa.
"Era a única solução", admite Moura Guedes ao DN, que acrescenta que a empresa que conheceu "já não é a mesma" e que, apesar de ter "terminado o calvário", continua a sentir-se "injustiçada".
Quanto ao futuro, a jornalista diz-se optimista. "Aprendi que depende um bocado de nós, mas há outra parte que é uma grande incerteza. Mesmo assim aguardo o futuro com optimismo", afirmou.
Por isso, acrescenta, está disponível: "Estou aqui. Estou livre para fazer tudo aquilo para o qual me achem apta e que eu goste de fazer." A jornalista adverte, porém, que não está receptiva a qualquer formato. "Não faço qualquer coisa, nem faço as coisas de qualquer maneira. Mas, sobre isso, as pessoas conhecem-me bem."
Do que Manuela Moura Guedes não fala é dos valores da rescisão com a TVI. "O acordo obriga-me a não falar sobre essa questão. Até sobre isso me proíbem", desabafa.
Uma fonte próxima do processo revela ao DN que as negociações prolongaram-se "por três meses" e que Manuela Moura Guedes não recebeu "um milhão como desejava, mas talvez metade dessa quantia". Duas fontes bem colocadas, uma próxima da TVI, outra da jornalista, coincidem num valor: "Pela lei, a empresa devia pagar-lhe cerca de 300 mil euros pelos 11 anos que ela trabalhou lá." No entanto, admitem que a administração "deve ter-lhe dado mais do que 1,2 salários por mês. Talvez mesmo 1,5", o que terá feito o valor da rescisão subir até aos 550 a 600 mil euros. "Não falo sobre esse assunto. Não foi um processo curto, foi longo", disso ao DN o director-geral da TVI. João Cotrim Figueiredo não fala em números: "Não confirmo nem desminto valores. Foi por mútuo acordo e chega", concluiu.
Contactado pelo DN, o director-geral da SIC esclarece que "o assunto não está sequer em cima da mesa", mas não foi capaz de garantir que a antiga pivô do Jornal Nacional não virá a integrar qualquer projecto da estação. "Só hoje [ontem] soube que ela tinha rescindido contrato e, como calcula, esse assunto não está no topo das minhas prioridades, nem sequer em cima da mesa. Mas não posso garantir que ela nunca virá para a SIC, isso não posso", disse ao DN.
Luís Marques lembrou que tem "grande consideração profissional e estima pessoal" por Moura Guedes e que isso não mudou. "Acho que ela é uma excelente jornalista, mas isso não quer dizer que ela venha para cá, até porque não sei se se enquadra nas nossas necessidades. Nunca pensei nisso", sublinhou o responsável da SIC.
Já a RTP não tem qualquer dúvida: Manuela Moura Guedes não é profissional que a empresa pública deseje ter nos seus quadros. "Não, não! É apenas isto que tenho para dizer, não tenho mais nada a acrescentar", disse ao DN o director de informação da estação, José Alberto Carvalho, que tem, recorde-se, há anos, um diferendo público com Moura Guedes, depois de acusações que lhe foram feitas pela jornalista.
A saída da antiga pivô da estação da Prisa era há muito aguardada, desde 4 de Setembro do ano passado, quando a administração do canal suspendeu o Jornal Nacional de 6.ª . A 28 desse mesmo mês, Moura Guedes entrou de baixa clínica, que foi sendo renovada até agora, altura em que chegou a acordo para abandonar a empresa.
"Era a única solução", admite Moura Guedes ao DN, que acrescenta que a empresa que conheceu "já não é a mesma" e que, apesar de ter "terminado o calvário", continua a sentir-se "injustiçada".
Quanto ao futuro, a jornalista diz-se optimista. "Aprendi que depende um bocado de nós, mas há outra parte que é uma grande incerteza. Mesmo assim aguardo o futuro com optimismo", afirmou.
Por isso, acrescenta, está disponível: "Estou aqui. Estou livre para fazer tudo aquilo para o qual me achem apta e que eu goste de fazer." A jornalista adverte, porém, que não está receptiva a qualquer formato. "Não faço qualquer coisa, nem faço as coisas de qualquer maneira. Mas, sobre isso, as pessoas conhecem-me bem."
Do que Manuela Moura Guedes não fala é dos valores da rescisão com a TVI. "O acordo obriga-me a não falar sobre essa questão. Até sobre isso me proíbem", desabafa.
Uma fonte próxima do processo revela ao DN que as negociações prolongaram-se "por três meses" e que Manuela Moura Guedes não recebeu "um milhão como desejava, mas talvez metade dessa quantia". Duas fontes bem colocadas, uma próxima da TVI, outra da jornalista, coincidem num valor: "Pela lei, a empresa devia pagar-lhe cerca de 300 mil euros pelos 11 anos que ela trabalhou lá." No entanto, admitem que a administração "deve ter-lhe dado mais do que 1,2 salários por mês. Talvez mesmo 1,5", o que terá feito o valor da rescisão subir até aos 550 a 600 mil euros. "Não falo sobre esse assunto. Não foi um processo curto, foi longo", disso ao DN o director-geral da TVI. João Cotrim Figueiredo não fala em números: "Não confirmo nem desminto valores. Foi por mútuo acordo e chega", concluiu.
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