sexta-feira, 22 de julho de 2011

Reforços dão novo fôlego à TVI

Maria Ana Borges de Sousa é a nova administradora da produtora Plural
Queremos contar com uma estrutura muito ágil e adaptada aos novos tempos". É assim que Miguel Gil, administrador executivo da Media Capital, dona da TVI, justifica as novas contratações do canal e as recentes mudanças internas, uma das mais representativas desde a saída de José Eduardo Moniz da TVI, no Verão de 2009. Dois anos volvidos, a TVI parece querer recuperar esse modelo de liderança e contrata José Fragoso, que vai coordenar a informação e a programação. Para isso vai-se apoiar em José Alberto Carvalho e em Bruno Santos, respectivamente. Recorde-se que pela informação passou Júlio Magalhães e Mário Moura, que se mantém como director-adjunto; enquanto a programação foi liderada por Bernardo Bairrão, que depois passou o testemunho a Luís Cunha Velho, depois André Cerqueira e, por fim, João Cotrim de Figueiredo.
Agora, outro nome surge para coordenar as duas áreas das quais depende a TVI. "Queremos fazer uma boa oferta televisiva. Quer na informação, quer no entretenimento, e isso passa pelos excelentes profissionais que hoje integram as nossas equipas", acrescenta à Correio TV o administrador. É neste contexto que, a par das novas contratações, se redesenharam competências nas empresas do grupo da Media Capital (MC): a TVI e a Plural.
A José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, que entraram em Março de 2011, juntaram-se José Fragoso, Rosa Cullell Muniesa e Maria Ana Borges de Sousa, a única deste quinteto que é prata da casa. Mas é, sobretudo, neste último trio que está focado o futuro da TVI. Eles são os novos nomes poderosos da estrutura do grupo de média espanhol a operar em Portugal. José Fragoso assume um cargo revelante nos destinos da informação e da programação do canal. Rosa Cullell, jornalista, empresária e gestora catalã, ocupa o lugar deixado vago por Bernardo Bairrão e entra como administradora delegada da Media Capital. Já Maria Ana Borges de Sousa, a gestora que passou pela direcção de marketing e relações exteriores, com provas dadas nas áreas de novos negócios e que era directora-geral da Castello Lopes Media Capital (CLMC) Multimédia desde 2009, é promovida a administradora da Plural. Mulher de Bernardo Bairrão, ex-administrador delegado da MC, Maria Ana é das profissionais que mais saudades deixa nos departamentos por onde passou. "É uma excelente profissional e pessoa", conta à Correio TV fonte do departamento de marketing. Mas as competências da gestora de 40 anos não são indiferentes às mais altas instâncias. "É uma das pessoas-chave da TVI e da Plural. Conheço-a há seis anos e desde então sempre revelou qualidades inigualáveis de excepcionais competências de gestão. Conhece bem a empresa e os seus objectivos. Estou extremamente confiante. A Maria Ana é uma mais-valia", revela Miguel Gil. Também o presidente do conselho de administração da MC não poupa nos elogios. "A Maria Ana é um dos maiores talentos que a Media Capital tem. Conhece em profundidade o meio televisivo e é uma excelente escolha para a Plural", diz Miguel Pais do Amaral.
A transferência de Maria Ana Borges de Sousa pretende dar novo impulso à produtora da TVI. André Cerqueira, director-geral da Plural, continua com a responsabilidade das actividades no Brasil. O brasileiro enaltece as qualidades da nova administradora: "Acho muito bem a promoção da Maria Ana. É bom termos uma pessoa para nos apoiar e fico muito feliz por essa pessoa ser ela. É supercompetente. Tem tudo para tornar a Plural numa empresa ainda melhor. Trabalhamos juntos há já algum tempo e conheço bem o percurso dela". Mas a portuguesa partilha a liderança com outra mulher. Rosa Cullell, a gestora que iniciou carreira como jornalista, obteve os melhores elogios de Miguel Pais do Amaral. "A Rosa tem várias qualidades em simultâneo. Possui um currículo muito importante nas áreas da TV e do jornalismo, além de ter um conhecimento profundo no domínio da administração", diz o presidente da Media Capital. Também Miguel Gil enaltece o currículo da espanhola: "A Rosa é uma executiva com provas dadas na televisão da Catalu-nha e como administradora de empresas como a La Caixa e a Telefónica".
A contratação de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa para a direcção de informação foi o primeiro passo no quadro da estratégia de liderança total que o grupo de média ambiciona. Seguiu-se, então, a requisição de outro nome forte: José Fragoso. O ex-director de programas da RTP 1 entra na TVI com a missão de reforçar o primeiro lugar da tabela das audiências, nomeadamente ganhando espaço na informação. Fragoso assume funções de coordenador de informação e conteúdos, cargo que tem agregadas as áreas criativa, de produção nacional e internacional e audiometria. A aposta da Media Capital em José Fragoso atinge uma fasquia inigualável, pois o profissional assume ainda o cargo de director de antena. Pelouro nas mãos de Cunha Velho, desde o tempo em que José Eduardo Moniz era director-geral do canal de Queluz de Baixo. Cargo que foi depois atribuído a João Cotrim de Figueiredo que agora assume funções de director-geral operacional da TVI e tem à sua responsabilidade a área financeira, relações públicas, marketing e multimédia. Cotrim Figueiredo perdeu para Fragoso as áreas de informação e programação. "Fragoso é um profissional cuja experiência é o que a TVI pretende. Ele pode dar um contributo muito bom, quer na informação, quer na programação. Independentemente do trabalho de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa", explica o administrador Miguel Gil.
A dupla Carvalho/Sousa introduziu um novo espaço informativo no canal de Queluz de Baixo: ‘Jornal das 8’. O espaço noticioso – que obrigou a um forte investimento em termos de cenários – é de cariz menos popular do que o extinto ‘Jornal Nacional’, mas os resultados ainda não se traduziram na liderança que se esperava. Por exemplo, a estreia do ‘Jornal das 8’, a 6 de Maio de 2011, foi vista por 925 500 pessoas. O novo bloco informativo da estação de Queluz não bateu a estreia do ‘Jornal de 6.ª’ de Moura Guedes, a 9 de Maio de 2008, seguido por 1 192 000 telespectadores.
Conquistar a liderança na informação, num canal como a TVI em que o entrenimento é líder, é um caminho desafiante, daí o reforço com a contração de Fragoso, que antes da RTP foi director da TSF. "A TVI é um produto de excelência. Estamos sempre a adaptarmo-nos ao mercado e a tentar oferecer um produto de qualidade, não apenas no entretenimento, onde já lideramos. Mas a concorrência é, também, de excelência", diz Miguel Gil, recordando que de Janeiro a Junho a estação foi o canal mais visto em Portugal, com um share médio de 26,4%. Ainda assim, como a Correio TV já revelou, a estação da Media Capital perdeu 1,3 pontos percentuais em relação a igual período do ano passado.
Mas os números continuam a dar "confiança à administração do canal, apesar do cenário de crise que se vive actualmente e da mudança de paradigma que representa a entrada da Televisão Digital Terrestre e o fim do sinal analógico". Nem mesmo a ascensão dos canais cabo desmotiva Miguel Gil, que refere: "É com muito orgulho que posso dizer que na Media Capital somos mais de 1500 trabalhadores". O administrador enaltece, por isso, o forte contributo de sempre dos "rostos da TVI que não se vêem, mas que dão o seu melhor". Miguel Gil não admite, para já, um cenário de despedimentos, até porque as medidas de gestão da Media Capital se têm pautado pelo rigor. "Queremos contar com as pessoas que temos. Achamos que temos os melhores profissionais e por isso acreditamos que temos futuro num mercado cada vez mais competitivo".
MUDANÇAS APROVADAS
A 23 de Fevereiro deste ano, Miguel Pais do Amaral comunicava ao mercado o regresso à Media Capital, com a compra de 10% da dona da TVI por 34,9 milhões de euros, com opção de compra que lhe permite atingir 29,69% do capital. No mesmo dia, o nome de José Alberto Carvalho era apontado como director de informação da TVI, uma contratação que mereceu aprovação de Pais do Amaral que, em Março, assumiu a presidência do conselho de administração da empresa. Apesar de não ter um cargo executivo, Miguel Pais do Amaral tem uma voz importante dentro do grupo, já que foi na sua liderança que a TVI passou de quarto canal a líder de audiências em Portugal. Além disso, o seu sócio na altura (antes de vender o grupo à Prisa) era Nicolas Berggruen, o norte-americano que através do fundo Liberty comprou uma posição relevante na Prisa, a dona da TVI. Assim, contratações como a de José Fragoso não são efectuadas antes de a Prisa ouvir a opinião do empresário português.

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Reforços dão novo fôlego à TVI

Maria Ana Borges de Sousa é a nova administradora da produtora Plural
Queremos contar com uma estrutura muito ágil e adaptada aos novos tempos". É assim que Miguel Gil, administrador executivo da Media Capital, dona da TVI, justifica as novas contratações do canal e as recentes mudanças internas, uma das mais representativas desde a saída de José Eduardo Moniz da TVI, no Verão de 2009. Dois anos volvidos, a TVI parece querer recuperar esse modelo de liderança e contrata José Fragoso, que vai coordenar a informação e a programação. Para isso vai-se apoiar em José Alberto Carvalho e em Bruno Santos, respectivamente. Recorde-se que pela informação passou Júlio Magalhães e Mário Moura, que se mantém como director-adjunto; enquanto a programação foi liderada por Bernardo Bairrão, que depois passou o testemunho a Luís Cunha Velho, depois André Cerqueira e, por fim, João Cotrim de Figueiredo.
Agora, outro nome surge para coordenar as duas áreas das quais depende a TVI. "Queremos fazer uma boa oferta televisiva. Quer na informação, quer no entretenimento, e isso passa pelos excelentes profissionais que hoje integram as nossas equipas", acrescenta à Correio TV o administrador. É neste contexto que, a par das novas contratações, se redesenharam competências nas empresas do grupo da Media Capital (MC): a TVI e a Plural.
A José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, que entraram em Março de 2011, juntaram-se José Fragoso, Rosa Cullell Muniesa e Maria Ana Borges de Sousa, a única deste quinteto que é prata da casa. Mas é, sobretudo, neste último trio que está focado o futuro da TVI. Eles são os novos nomes poderosos da estrutura do grupo de média espanhol a operar em Portugal. José Fragoso assume um cargo revelante nos destinos da informação e da programação do canal. Rosa Cullell, jornalista, empresária e gestora catalã, ocupa o lugar deixado vago por Bernardo Bairrão e entra como administradora delegada da Media Capital. Já Maria Ana Borges de Sousa, a gestora que passou pela direcção de marketing e relações exteriores, com provas dadas nas áreas de novos negócios e que era directora-geral da Castello Lopes Media Capital (CLMC) Multimédia desde 2009, é promovida a administradora da Plural. Mulher de Bernardo Bairrão, ex-administrador delegado da MC, Maria Ana é das profissionais que mais saudades deixa nos departamentos por onde passou. "É uma excelente profissional e pessoa", conta à Correio TV fonte do departamento de marketing. Mas as competências da gestora de 40 anos não são indiferentes às mais altas instâncias. "É uma das pessoas-chave da TVI e da Plural. Conheço-a há seis anos e desde então sempre revelou qualidades inigualáveis de excepcionais competências de gestão. Conhece bem a empresa e os seus objectivos. Estou extremamente confiante. A Maria Ana é uma mais-valia", revela Miguel Gil. Também o presidente do conselho de administração da MC não poupa nos elogios. "A Maria Ana é um dos maiores talentos que a Media Capital tem. Conhece em profundidade o meio televisivo e é uma excelente escolha para a Plural", diz Miguel Pais do Amaral.
A transferência de Maria Ana Borges de Sousa pretende dar novo impulso à produtora da TVI. André Cerqueira, director-geral da Plural, continua com a responsabilidade das actividades no Brasil. O brasileiro enaltece as qualidades da nova administradora: "Acho muito bem a promoção da Maria Ana. É bom termos uma pessoa para nos apoiar e fico muito feliz por essa pessoa ser ela. É supercompetente. Tem tudo para tornar a Plural numa empresa ainda melhor. Trabalhamos juntos há já algum tempo e conheço bem o percurso dela". Mas a portuguesa partilha a liderança com outra mulher. Rosa Cullell, a gestora que iniciou carreira como jornalista, obteve os melhores elogios de Miguel Pais do Amaral. "A Rosa tem várias qualidades em simultâneo. Possui um currículo muito importante nas áreas da TV e do jornalismo, além de ter um conhecimento profundo no domínio da administração", diz o presidente da Media Capital. Também Miguel Gil enaltece o currículo da espanhola: "A Rosa é uma executiva com provas dadas na televisão da Catalu-nha e como administradora de empresas como a La Caixa e a Telefónica".
A contratação de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa para a direcção de informação foi o primeiro passo no quadro da estratégia de liderança total que o grupo de média ambiciona. Seguiu-se, então, a requisição de outro nome forte: José Fragoso. O ex-director de programas da RTP 1 entra na TVI com a missão de reforçar o primeiro lugar da tabela das audiências, nomeadamente ganhando espaço na informação. Fragoso assume funções de coordenador de informação e conteúdos, cargo que tem agregadas as áreas criativa, de produção nacional e internacional e audiometria. A aposta da Media Capital em José Fragoso atinge uma fasquia inigualável, pois o profissional assume ainda o cargo de director de antena. Pelouro nas mãos de Cunha Velho, desde o tempo em que José Eduardo Moniz era director-geral do canal de Queluz de Baixo. Cargo que foi depois atribuído a João Cotrim de Figueiredo que agora assume funções de director-geral operacional da TVI e tem à sua responsabilidade a área financeira, relações públicas, marketing e multimédia. Cotrim Figueiredo perdeu para Fragoso as áreas de informação e programação. "Fragoso é um profissional cuja experiência é o que a TVI pretende. Ele pode dar um contributo muito bom, quer na informação, quer na programação. Independentemente do trabalho de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa", explica o administrador Miguel Gil.
A dupla Carvalho/Sousa introduziu um novo espaço informativo no canal de Queluz de Baixo: ‘Jornal das 8’. O espaço noticioso – que obrigou a um forte investimento em termos de cenários – é de cariz menos popular do que o extinto ‘Jornal Nacional’, mas os resultados ainda não se traduziram na liderança que se esperava. Por exemplo, a estreia do ‘Jornal das 8’, a 6 de Maio de 2011, foi vista por 925 500 pessoas. O novo bloco informativo da estação de Queluz não bateu a estreia do ‘Jornal de 6.ª’ de Moura Guedes, a 9 de Maio de 2008, seguido por 1 192 000 telespectadores.
Conquistar a liderança na informação, num canal como a TVI em que o entrenimento é líder, é um caminho desafiante, daí o reforço com a contração de Fragoso, que antes da RTP foi director da TSF. "A TVI é um produto de excelência. Estamos sempre a adaptarmo-nos ao mercado e a tentar oferecer um produto de qualidade, não apenas no entretenimento, onde já lideramos. Mas a concorrência é, também, de excelência", diz Miguel Gil, recordando que de Janeiro a Junho a estação foi o canal mais visto em Portugal, com um share médio de 26,4%. Ainda assim, como a Correio TV já revelou, a estação da Media Capital perdeu 1,3 pontos percentuais em relação a igual período do ano passado.
Mas os números continuam a dar "confiança à administração do canal, apesar do cenário de crise que se vive actualmente e da mudança de paradigma que representa a entrada da Televisão Digital Terrestre e o fim do sinal analógico". Nem mesmo a ascensão dos canais cabo desmotiva Miguel Gil, que refere: "É com muito orgulho que posso dizer que na Media Capital somos mais de 1500 trabalhadores". O administrador enaltece, por isso, o forte contributo de sempre dos "rostos da TVI que não se vêem, mas que dão o seu melhor". Miguel Gil não admite, para já, um cenário de despedimentos, até porque as medidas de gestão da Media Capital se têm pautado pelo rigor. "Queremos contar com as pessoas que temos. Achamos que temos os melhores profissionais e por isso acreditamos que temos futuro num mercado cada vez mais competitivo".
MUDANÇAS APROVADAS
A 23 de Fevereiro deste ano, Miguel Pais do Amaral comunicava ao mercado o regresso à Media Capital, com a compra de 10% da dona da TVI por 34,9 milhões de euros, com opção de compra que lhe permite atingir 29,69% do capital. No mesmo dia, o nome de José Alberto Carvalho era apontado como director de informação da TVI, uma contratação que mereceu aprovação de Pais do Amaral que, em Março, assumiu a presidência do conselho de administração da empresa. Apesar de não ter um cargo executivo, Miguel Pais do Amaral tem uma voz importante dentro do grupo, já que foi na sua liderança que a TVI passou de quarto canal a líder de audiências em Portugal. Além disso, o seu sócio na altura (antes de vender o grupo à Prisa) era Nicolas Berggruen, o norte-americano que através do fundo Liberty comprou uma posição relevante na Prisa, a dona da TVI. Assim, contratações como a de José Fragoso não são efectuadas antes de a Prisa ouvir a opinião do empresário português.