sábado, 18 de dezembro de 2010

TVI contrata um dos subdirectores de programas da RTP


A TVI vai contratar um dos subdirectores de programas da RTP, Bruno Santos, que está de saída da estação pública de televisão, onde tinham competências na área de grelhas, conteúdos e formatos. José Fragoso estará também a poderar uma mudança para a estação de Queluz.

A notícia sobre Bruno Santos surge no mesmo momento em que veio a público que José Fragoso, director de programas da RTP1, também terá sido convidado para integrar a TVI como director de programas. Esta informação surgiu no blogue Lugares Comuns, numa entrada com o título “TVI contra-ataca”, assinada por Manuel Falcão, director da RTP2 entre 2003 e o início de 2006, que avançou igualmente a informação relativa a Bruno Santos.

Bruno Santos entrou na RTP com José Fragoso, ambos levados pelo então director-geral da estação Emídio Rangel. Antes já trabalhavam juntos na SIC, onde Bruno Santos fazia análise de audiências, no âmbito de um contrato deste canal com uma consultora espanhola. Desde então têm trabalhado em conjunto, excepto quando Fragoso esteve na TSF. Mas quando regressou à RTP, em 2008, o actual director de programas do canal 1 convidou Bruno Santos para adjunto.

No seu blogue, Manuel Falcão realça que ambos “sempre constituíram uma dupla que garantia bons resultados”, sugerindo assim que a decisão já tomada por Bruno Santos de sair da televisão pública poderá pesar na eventual ponderação de José Fragoso. No entanto, na redacção da TVI corria a informação de que a solução para a direcção de programas poderá ser interna. A ideia é que não haverá uma contratação externa e que a pessoa escolhida para substituir Júlia Pinheiro não terá uma cargo formal de director de programas – uma área que tem também uma coordenação meio informal do director-geral da estação, João Paulo Cotrim.

O PÚBLICO confirmou a saída de Bruno Santos mas desconhece-se se de facto o convite a José Fragoso, referido no blogue Lugares Comuns, foi formulado. O serviço de comunicação da TVI não atendeu as chamadas do PÚBLICO e o da RTP não quis falar sobre o assunto, dizendo que "não comenta rumores".

O título de Manuel Falcão (“TVI contra-ataca”) é sugestivo do ambiente de guerra de audiências e da perda de terreno que a TVI tem sofrido para a RTP1 no último ano. A estação de Queluz mantém a liderança das audiências, mas longe da supremacia absoluta que tinha há alguns anos, tendo descido da fasquia dos 30 por cento de audiência média.

Há alguns anos a RTP1 estava em terceiro lugar entre os três canais generalistas de sinal aberto, mas ultrapassou a SIC (que continua sem conseguir sair do terceiro lugar) e tem ganho terreno à TVI. O eventual convite a Fragoso, juntamente com a contratação já assegurada de Bruno Santos, será uma maneira de ir buscar uma equipa vencedora.

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TVI contrata um dos subdirectores de programas da RTP


A TVI vai contratar um dos subdirectores de programas da RTP, Bruno Santos, que está de saída da estação pública de televisão, onde tinham competências na área de grelhas, conteúdos e formatos. José Fragoso estará também a poderar uma mudança para a estação de Queluz.

A notícia sobre Bruno Santos surge no mesmo momento em que veio a público que José Fragoso, director de programas da RTP1, também terá sido convidado para integrar a TVI como director de programas. Esta informação surgiu no blogue Lugares Comuns, numa entrada com o título “TVI contra-ataca”, assinada por Manuel Falcão, director da RTP2 entre 2003 e o início de 2006, que avançou igualmente a informação relativa a Bruno Santos.

Bruno Santos entrou na RTP com José Fragoso, ambos levados pelo então director-geral da estação Emídio Rangel. Antes já trabalhavam juntos na SIC, onde Bruno Santos fazia análise de audiências, no âmbito de um contrato deste canal com uma consultora espanhola. Desde então têm trabalhado em conjunto, excepto quando Fragoso esteve na TSF. Mas quando regressou à RTP, em 2008, o actual director de programas do canal 1 convidou Bruno Santos para adjunto.

No seu blogue, Manuel Falcão realça que ambos “sempre constituíram uma dupla que garantia bons resultados”, sugerindo assim que a decisão já tomada por Bruno Santos de sair da televisão pública poderá pesar na eventual ponderação de José Fragoso. No entanto, na redacção da TVI corria a informação de que a solução para a direcção de programas poderá ser interna. A ideia é que não haverá uma contratação externa e que a pessoa escolhida para substituir Júlia Pinheiro não terá uma cargo formal de director de programas – uma área que tem também uma coordenação meio informal do director-geral da estação, João Paulo Cotrim.

O PÚBLICO confirmou a saída de Bruno Santos mas desconhece-se se de facto o convite a José Fragoso, referido no blogue Lugares Comuns, foi formulado. O serviço de comunicação da TVI não atendeu as chamadas do PÚBLICO e o da RTP não quis falar sobre o assunto, dizendo que "não comenta rumores".

O título de Manuel Falcão (“TVI contra-ataca”) é sugestivo do ambiente de guerra de audiências e da perda de terreno que a TVI tem sofrido para a RTP1 no último ano. A estação de Queluz mantém a liderança das audiências, mas longe da supremacia absoluta que tinha há alguns anos, tendo descido da fasquia dos 30 por cento de audiência média.

Há alguns anos a RTP1 estava em terceiro lugar entre os três canais generalistas de sinal aberto, mas ultrapassou a SIC (que continua sem conseguir sair do terceiro lugar) e tem ganho terreno à TVI. O eventual convite a Fragoso, juntamente com a contratação já assegurada de Bruno Santos, será uma maneira de ir buscar uma equipa vencedora.