Portugal-Camarões, 3-1
Comecemos pela conclusão: teste positivo. Depois da cor cinzenta que marcou os jogos com a China e Cabo Verde, Portugal afastou alguns fantasmas. Não fez tudo bem, é certo, mostrou que ainda há caminho a percorrer, mas, acima de tudo, e a 15 dias do início do Mundial, deu a sensação de que os aspectos a corrigir são...corrigíveis. É preciso trabalhar e acreditar. A vitória sobre os Camarões (3-1) teve o condão de devolver isso mesmo: a crença.Carlos Queiroz tinha prometido um jogo de surpresas. Uma partida de aventuras, para testar outras soluções. O seleccionador português sempre fez questão de lembrar, aliás, que é para isso mesmo que servem estes encontros. Mas a verdade é que Queiroz mostrou que também queria vencer. O onze inicial apresentado, muito perto daquele que se prevê para Portugal no Mundial, é a prova da ambição do seleccionador.
E com isso, um jogo que seria de aventuras, tornou-se num encontro de confirmações. A confirmação de que a luta entre Duda e Fábio Coentrão e entre Simão e Nani vai ser severa. A confirmação que, fora um ou outro calafrio, a defesa lusa parece dar garantias, podendo, assim, fazer jus ao discurso de Queiroz, que lembrou a eficácia defensiva dos últimos campeões do mundo. A confirmação de que quando Deco está bem, o jogo português flui de uma forma completamente diferente. E, porque não, a confirmação de que Portugal ainda não tem o Ronaldo que precisa.
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