A TVI está a avaliar a possibilidade de ter apenas duas novelas em horário nobre. A intenção foi avançada ao Correio da Manhã pelo director do canal, João Cotrim Figueiredo, durante a apresentação de uma nova minissérie da estação. "Uma coisa parece clara para todos: é que não é normal que uma televisão tenha no horário nobre três novelas durante vinte anos seguidos, porque há uma altura em que isso conduz à saturação", justifica o responsável.
"Podemos ter outros produtos de ficção, porque a variedade é tão importante como a qualidade", afirma Cotrim Figueiredo, acrescentando que a estratégia da TVI passa por novos formatos, como minisséries e telefilmes, uma parceria com a Plural, empresa do grupo que produz também as novelas da estação. O director quer manter a "aposta declarada na ficção nacional" mas através de outros formatos que possam permitir aos actores e autores "experimentarem registos novos, e ao espectador habituar-se a outro tipo de ficção com temáticas que nas novelas não é possível fazer".
Os novos planos da estação de Queluz arrancaram com três minisséries, uma delas já exibida, ‘O Dom’. Segue-se ‘O Amor É Um Sonho’, apresentada ontem e que conta a história de uma jovem, interpretada por Sara Prata, que sofre de narcolepsia e adormece quando se emociona, o que vai acontecer ao apaixonar-se pela personagem de José Carlos Pereira. O ciclo termina, para já, com ‘Redenção’, ainda sem data prevista de exibição.
Cotrim Figueiredo confirma ainda que já há acordo para que a Plural avance com a produção de telefilmes nos próximos meses.
Para o responsável, "é mantendo a aposta na ficção mas mudando--lhe o formato que é possível ir inovando e experimentando em horário nobre coisas para que um dia se possa passar sem ter necessariamente três novelas clássicas neste horário".
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